quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CONTRA BAIXO

best poker siteEspeciais: “A história do Contrabaixo”

O surgimento do contrabaixo acústico no início do século XVII e seu onipresente domínio até a metade dos anos 50, quando do surgimento do primeiro baixo elétrico da história, nos faz vislumbrar a importância de conhecer a história do gigante e como o mundo dos graves começou.Onde tudo começou...A ciência que estuda a origem e a evolução dos instrumentos musicais é a organologia. Já a que se dedica à escrita é a organografia. Por meio delas, foi possível reconstruir a história dos diversos instrumentos musicais com maior destaque para a família dos sopros, percussão e metais. Isto porque eles possuem registros históricos mais precisos. No entanto, os instrumentos de cordas, como o violino e o violoncelo, carecem de maiores informações.Um ponto de comum acordo entre os historiadores é o de que os luthiers guardavam, a sete chaves, todo o processo de criação deles. Muitos, aliás, nunca tomaram nota do tipo de madeira ou verniz que utilizavam nessas construções, pois era o desejo deles que tais conhecimentos jamais fossem divulgado.Então, inúmeros segredos da confecção de verdadeiras obras de arte foram para o túmulo com esses artesãos. Nesse contexto, enquadram-se principalmente aqueles instrumentos produzidos com a função de emitir notas mais graves.Os registros mais rudimentares datam do século XIII, na segunda metade da Idade Média, aproximadamente no ano de 1200. Os primeiros exemplares conhecidos, que apontam o nascimento do moderno contrabaixo, encontram-se vinculados à família das violas, na qual foram divididos em dois grupos: as de braço e as de perna.Naquela época, o nome gige era usado para denominar tanto a rabeca, instrumento de origem árabe, com formato parecido com o alaúde, quanto à guitar-fiddle, espécie de violão com formato parecido com o violino. De acordo com sua sonoridade, eram classificados em grande ou pequeno.Os primeiros contrabaixosOs registros organográficos informam que a música executada nessa época era muito simples. Em muitos materiais escritos, para se ter uma idéia, as partes se limitavam em apenas duas ou três. Em virtude desta restrição, o número de notas que era utilizado era relativamente pequeno, o que ocasionava um registro de notas disponíveis bastante reduzido.Por volta do século XV, as partes que constituíam a música naquele período aumentaram para quatro vozes. Mais ou menos em 1450, passou-se a usar o registro de baixo, que foi considerado uma verdadeira inovação para a época. A falta deles era muito reclamada pelos compositores, pois muito achavam que sua música soava com timbres médios ou agudos, necessitando, portanto, de registros mais graves. Surgiu então a necessidade da invenção de instrumentos na qual pudessem atingir esta tessitura.A primeira solução foi construir instrumentos maiores, baseados na estrutura dos utilizados normalmente, tomando o cuidado de não efetuar mudanças estruturais que viessem a prejudicar a obtenção dos novos graves.Um dos principais celeiros do mundo na construção destes primeiros instrumentos foi a Itália. Naquele país, as violas tinham três tamanhos: a de gamba aguda, a tenor e a baixa. Nesse período, surgiu o violone, que pode ser considerado como o parente mais próximo do moderno contrabaixo acústico utilizado nas orquestras.No início do século XVII, o violone tornou-se o nome que designava o maior de todos: a viola contrabaixo. Somente após a segunda metade do século XVIII isso se modificou. Foi quando o contrabaixo separou-se do violone. Já no final do século XVIII, o contrabaixo adquiriu sua forma definitiva, passando a integrar ao longo dos anos as mais diferentes formações musicais como orquestras, big bands e jazz.O domínio do gigante como única emissão de sons graves perdurou até a segunda metade dos anos 50. A partir daí, tudo mudaria com a invenção do primeiro contrabaixo elétrico da história realizada por um humilde técnico de rádio chamado Clarence Leo Fender.

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