Brilho no jogo de despedida de 2010: São Paulo goleia o Galo no Morumbi
Tricolor mostra bom futebol que poucas vezes conseguiu apresentar na temporada e vence o Atlético-MG, por 4 a 0, na última partida do ano
O brilho que o São Paulo não conseguir ter durante o ano de 2010, o time apresentou na goleada sobre o Atlético-MG, por 4 a 0, neste domingo, no Morumbi. Descompromissado e com boa atuação ofensiva, o Tricolor não deu chances para o Galo e venceu com gols de Ilsinho, Lucas, Marlos e Renato Silva, em duelo válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro.
Com o estádio recebendo menos de 10 mil pessoas, sob chuva na capital paulista e em um jogo que pouco valia para as duas equipes, o time do técnico Paulo César Carpegiani fechou a temporada deixando os seus torcedores um pouco mais animados. O São Paulo terminou o Brasileirão na nona colocação, com 55 pontos, 16 a menos do que o campeão Fluminense.
Já o Atlético-MG, apesar da derrota, garantiu a vaga na Copa Sul-Americana de 2011 (o Tricolor também já havia assegurado a classificação), beneficiado pelo tropeço do Avaí. Lucro para uma equipe que esteve na zona do rebaixamento durante boa parte do torneio. O time comandado por Dorival Júnior fechou o campeonato 13ª posição, com 45 pontos.
Tricolor soberano em campo
Mesmo atuando com uma equipe repleta de reservas, o São Paulo dominou o primeiro tempo diante de um Atlético-MG que entrou em campo com os titulares, mas teve atuação fraca. A constante movimentação de Ilsinho e Lucas, responsáveis por armar as jogadas no meio-campo, junto com a velocidade de Marlos e Lucas Gaúcho, no ataque, envolveram a zaga atleticana.
O Tricolor marcou três gols e poderia ter feito até mais antes do intervalo, se não fosse as defesas do goleiro Renan Ribeiro em finalizações de Marlos e Lucas Gaúcho. Já o Galo não mostrou forças para chegar à frente e evitar a boa exibição dos donos da casa.
O placar foi aberto aos 27 minutos com um gol de Ilsinho, que chutou cruzado da entrada da área após boa jogada de Marlos pela direita. Aos 31, Lucas arriscou de fora da área e fez o segundo. O terceiro gol saiu aos 41, também de longe, em um chute colocado de Marlos.
Goleada confirmada
Tentando reagir, o técnico Dorival Júnior fez a terceira substituição antes do início da segunda etapa, colocado o meia Ricardinho no lugar do atacante Obina. Antes, já havia trocado o volante Zé Luís, machucado, por Fabiano, e o lateral Rafael Cruz pelo atacante Neto Berola,.
Mas as esperanças do time mineiro de uma recuperação na partida esfriaram rápido demais. Logo a 1 minuto, o zagueiro Renato Silva cabeceou para o fundo das redes após cobrança de escanteio: 4 a 0.
Preocupado em sofrer uma goleada ainda maior, o Galo recuou, o Tricolor diminuiu o ritmo e o confronto caiu de qualidade. Mesmo assim, o time de Carpegiani só não marcou o quinto porque Marlos perdeu um gol incrível.
Depois de se agitarem bastante nas arquibancadas com os quatro gols da equipe, e com o gol do título do Fluminense no Engenhão, os torcedores são-paulinos também aplaudiram bastante Jorge Wagner, que deixou o campo aos 38 minutos. O jogador foi abraçado pelos companheiros no gramado em sua última partida pelo clube, já que está de saída para o Kashiwa Reysol-JAP. Após o apito final, mais festa no Morumbi, não pelo desempenho do time no ano, mas valeu pelo jogo de despedida.
Rogério Ceni; Jean, Xandão, Renato Silva e Jorge Wagner (Diogo); Zé Vitor, Carlinhos Paraíba (Sérgio Mota), Ilsinho e Lucas; Marlos e Lucas Gaúcho (Casemiro) | Renan Ribeiro; Rafael Cruz (Neto Berola), Jairo Campos, Cáceres e Leandro; Zé Luís (Fabiano), Serginho, Renan Oliveira e Diego Souza; Obina (Ricardinho) e Diego Tardelli |
Técnico: Paulo César Carpegiani | Técnico: Dorival Júnior |
Gols: Ilsinho, aos 27min, Lucas, aos 31min, Marlos, aos 41min do primeiro tempo, e Renato Silva, a 1min do segundo tempo. | |
Cartões Amarelos: Diego Tardelli e Fabiano (Atlético-MG) | |
Público: 9.782 pagantes. Renda: R$ 190.281,59 | |
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP). Data: 05/12/2010.Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ). Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Rodrigo Pereira Joia (RJ) |
Que vacilo! Timão empata com Goiás e termina o Brasileirão em terceiro
Agora, a equipe alvinegra já não tem mais vaga direta na fase de grupos da Libertadores. Terá de enfrentar colombiano para avançar na competição
Todo mundo sabia que a situação do Corinthians era complicada. Era difícil que o agora campeão Fluminense empatasse ou perdesse do rebaixado Guarani. Mas o Timão conseguiu piorar ainda mais a situação, dando um ar melancólico à sua despedida do Campeonato Brasileiro. Diante de um Goiás reserva e cheio de garotos, o Alvinegro só empatou por 1 a 1 no Serra Dourada. Pior: com a vitória do Cruzeiro sobre o Palmeiras caiu para o terceiro lugar e vai para a pré-Libertadores.
Ou seja, a equipe que jamais saiu das três primeiras colocações em 38 rodadas perdeu o título, o vice-campeonato e uma vaga direta na fase de grupos da competição sul-americana. Como terceiro colocado do Brasileirão, o Timão vai ter de disputar a pré-Libertadores com um representante da Colômbia. De certa forma uma castigo para uma equipe que esteve tão perto do pentacampeonato.
Mas o Corinthians esteve nervoso. E a prova desse nervosismo foi retratada no goleiro Julio Cesar. Impecável na maioria dos jogos em que atuou neste Brasileirão, o camisa 1 alvinegro falhou feio neste domingo. Aos 19 minutos, ele saiu mal do gol após recuo de Roberto Carlos e deu um “passe” para Felipe Amorim tocar para a rede. Dentinho empatou nove minutos depois, é verdade, mas o lance desestabilizou os alvinegros.
Mérito também para o Goiás, que, mesmo rebaixado e desfigurado, deu muito trabalho ao Timão. Se com ou sem incentivo de algum outro clube, não importa. O fato é que o Corinthians não teve qualidade para superar o adversário e voltou a falhar fora de casa. Na era Tite, por sinal, foram três empates fatais como visitante (Flamengo, Vitória e Goiás). Mesmo assim, o técnico terminou invicto.
A lamentar também o adeus do zagueiro William, que neste domingo se despediu do futebol e foi ovacionado pela torcida corintiana no Serra Dourada. E também a saída de Elias, que, chorando, avisou que está apalavrado com o espanhol Atlético de Madri. Ao final do jogo, os jogadores foram até a Fiel e agradeceram o apoio durante a competição.
Ou seja, a equipe que jamais saiu das três primeiras colocações em 38 rodadas perdeu o título, o vice-campeonato e uma vaga direta na fase de grupos da competição sul-americana. Como terceiro colocado do Brasileirão, o Timão vai ter de disputar a pré-Libertadores com um representante da Colômbia. De certa forma uma castigo para uma equipe que esteve tão perto do pentacampeonato.
Mas o Corinthians esteve nervoso. E a prova desse nervosismo foi retratada no goleiro Julio Cesar. Impecável na maioria dos jogos em que atuou neste Brasileirão, o camisa 1 alvinegro falhou feio neste domingo. Aos 19 minutos, ele saiu mal do gol após recuo de Roberto Carlos e deu um “passe” para Felipe Amorim tocar para a rede. Dentinho empatou nove minutos depois, é verdade, mas o lance desestabilizou os alvinegros.
Mérito também para o Goiás, que, mesmo rebaixado e desfigurado, deu muito trabalho ao Timão. Se com ou sem incentivo de algum outro clube, não importa. O fato é que o Corinthians não teve qualidade para superar o adversário e voltou a falhar fora de casa. Na era Tite, por sinal, foram três empates fatais como visitante (Flamengo, Vitória e Goiás). Mesmo assim, o técnico terminou invicto.
A lamentar também o adeus do zagueiro William, que neste domingo se despediu do futebol e foi ovacionado pela torcida corintiana no Serra Dourada. E também a saída de Elias, que, chorando, avisou que está apalavrado com o espanhol Atlético de Madri. Ao final do jogo, os jogadores foram até a Fiel e agradeceram o apoio durante a competição.
Que vacilo, Timão!
Estrategicamente, o Corinthians não quis atrasar o início do jogo no Serra Dourada. Então, rolou a bola rapidamente para tentar fazer um gol relâmpago e jogar a pressão para o Fluminense, que iniciou o duelo com o Guarani, no Rio de Janeiro, cinco minutos mais tarde. O plano alvinegro, no entanto, deu errado.
Estrategicamente, o Corinthians não quis atrasar o início do jogo no Serra Dourada. Então, rolou a bola rapidamente para tentar fazer um gol relâmpago e jogar a pressão para o Fluminense, que iniciou o duelo com o Guarani, no Rio de Janeiro, cinco minutos mais tarde. O plano alvinegro, no entanto, deu errado.
Nervosos, os jogadores do Corinthians erravam passes bobos e muitas vezes se atrapalhavam ao tentar um lance mais rebuscado. E foi numa dessas bobeadas que o Goiás, totalmente reserva e recheado de garotos, abriu o marcador. O lance ocorreu aos 19 minutos e teve como protagonista o goleiro Julio Cesar.
Depois de levar uma bola nas costas, Roberto Carlos desviou para a área alvinegra. Julio Cesar saiu mal do gol e chutou fraco para a intermediária. Era lá que estava o meia Felipe Amorim, que dominou e chutou rasteiro para o gol vazio. Na tentativa de não desanimar o elenco, a Fiel prontamente cantou forte.
Em desvantagem e com o Fluminense empatando com o Guarani no Engenhão, o Corinthians foi para cima de maneira desordenada e pouco fez nos minutos seguintes. Mas aos 28, em uma jogada muito bem organizada, Dentinho empatou. Bruno Cesar achou Elias na direita e o volante rolou para o atacante completar.
O empate animou o Timão, mas para ser campeão brasileiro era necessária uma vitória. Para piorar, aos 37 minutos, o técnico Tite perdeu o zagueiro Chicão, machucado. Leandro Castán entrou em sua vaga.
Ansiedade e decepção
As duas equipes voltaram para o segundo tempo com as mesmas formações que encerraram a etapa inicial. Sem o mesmo ímpeto ofensivo do começo, o Goiás recuou. Mas o Corinthians, ansioso demais, não conseguia transformar a maior posse de bola em chances de gol. A bola parecia queimar os pés alvinegros.
Percebendo que o Timão precisava melhorar no ataque, o técnico Tite sacou o volante Ralf e escalou Jorge Henrique, xodó da torcida. Mas a primeira chance dos alvinegros no segundo tempo foi em uma falta de Roberto Carlos que parou na barreira. Faltava mais jogadas pelas pontas ao clube paulista.
Mas o Goiás não estava morto. Embora rebaixado e com seu time reserva, o time esmeraldino procurou espaços e até encontrou algum. Mas a zaga alvinegra estava bem postada. Se atrás a segurança era elogiável, na frente a ansiedade era condenável. Ansiedade que virou desânimo aos 23 minutos.
Foi nesse momento que o sistema de som do Serra Dourada informou o gol do Fluminense no Engenhão. O Corinthians, então, precisava fazer mais um e ainda torcer para o Guarani empatar. Ficou ainda mais complicado. E os jogadores sentiram isso em campo, até porque a torcida também desanimou.
A Fiel só voltou a se agitar na arquibancada aos 38 minutos, quando Ronaldo enfim apareceu. Ele gingou em frente à zaga e chutou forte de fora da área, acertando a trave direita. Empurrado por esse lance, o Corinthians ainda tentou a vitória, mas não encontrou forças para furar o bloqueio esmeraldino.
As duas equipes voltaram para o segundo tempo com as mesmas formações que encerraram a etapa inicial. Sem o mesmo ímpeto ofensivo do começo, o Goiás recuou. Mas o Corinthians, ansioso demais, não conseguia transformar a maior posse de bola em chances de gol. A bola parecia queimar os pés alvinegros.
Percebendo que o Timão precisava melhorar no ataque, o técnico Tite sacou o volante Ralf e escalou Jorge Henrique, xodó da torcida. Mas a primeira chance dos alvinegros no segundo tempo foi em uma falta de Roberto Carlos que parou na barreira. Faltava mais jogadas pelas pontas ao clube paulista.
Mas o Goiás não estava morto. Embora rebaixado e com seu time reserva, o time esmeraldino procurou espaços e até encontrou algum. Mas a zaga alvinegra estava bem postada. Se atrás a segurança era elogiável, na frente a ansiedade era condenável. Ansiedade que virou desânimo aos 23 minutos.
Foi nesse momento que o sistema de som do Serra Dourada informou o gol do Fluminense no Engenhão. O Corinthians, então, precisava fazer mais um e ainda torcer para o Guarani empatar. Ficou ainda mais complicado. E os jogadores sentiram isso em campo, até porque a torcida também desanimou.
A Fiel só voltou a se agitar na arquibancada aos 38 minutos, quando Ronaldo enfim apareceu. Ele gingou em frente à zaga e chutou forte de fora da área, acertando a trave direita. Empurrado por esse lance, o Corinthians ainda tentou a vitória, mas não encontrou forças para furar o bloqueio esmeraldino.
Fábio; Wendel Santos, Mateus, Valmir Lucas e Jadilson; Lenon, Jonílson, Camacho e Felipe Amorim (Assuério); Everton Santos e Wendel Lira (Rithely). | Julio Cesar, Alessandro, Chicão (Leandro Castán), William e Roberto Carlos; Ralf (Jorge Henrique), Elias, Jucilei e Bruno César (Danilo); Dentinho e Ronaldo. |
Técnico: Artur Neto. | Técnico: Tite. |
Gols: Felipe Amorim, aos 19, Dentinho, aos 28 minutos do primeiro tempo. | |
Cartões amarelos: Matheus, Rithely (GOI). | |
Público: 28.917 pagantes. Renda: R$755.200,00. | |
Local: Serra Dourada, em Goiânia (GO). Data: 05/12/2010. Árbitro:Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS). Auxiliares: Marcelo Bertanha Bariton (RS) e Julio Cesar Rodrigues Santos (RS). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário